terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Homem que Comia Metáforas

O homem que comia metáforas
Era só sensações
Conquistava suas terras
Entrava e saía
Não dava satisfações
Ia embora levando em si
Toda a sentimentalidade que lhe fosse oferecida
Era tão altivo
Tinha nos olhos a pretensão
Nas mãos a bravura
No peito a coragem
E ia desgarrado, sempre em frente
Mas deixou que a tempestade
Levasse embora seu coração
E navegava num mar de lágrimas
Derramadas sobre o amor
Que escapava por seus poros
Esburacados pela dor navegável
Do sofrimento de ser barco
Flutuante em meio a chuva
E agora é só partida
Embarcado e sempre em frente
Na direção do infinito

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