domingo, 10 de julho de 2011

Nortear

Nunca mais vieram os bem-te-vis na varanda
Me encantar com seu canto vindo das árvores
Era tudo tão cheio de cores, amarelo, verde e flores
Acho que não sou mais aquele auge de outrora
Para eles, para a varanda, para mim
Perdi minha cor, nessa aura de arco-íris
E eles se perderam pelos mares dos meus prantos
Acho que eles não me seguem em revoada
Talvez falte parar para respirar e cantar tudo ao meu redor
Bem-te-vendo ou não, de que adianta sonhar e não viver?
Talvez eu não tenha me deitado o bastante na rede
Virado a ampulheta para a flor desabrochar a seu tempo
E cuidadosamente deixar se alojar
O próprio tempo para ver a aurora

Marília Carolina e Lue Maia

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